COB lança desafio para startups inovadoras no esporte
Na última semana, o Comitê Olímpico do Brasil (COB), em parceria com o Arena Hub, anunciou uma iniciativa inédita voltada para a inovação esportiva: atrair startups com soluções práticas que impulsionem o ecossistema olímpico do país.
Em um cenário onde a tecnologia e os dados já são elementos-chave para vantagem competitiva, o objetivo do programa é claro: modernizar processos, otimizar recursos e melhorar as condições de desenvolvimento para atletas e entidades esportivas.
Mais do que uma ação simbólica, o programa oferece mentoria especializada, visibilidade nacional e a oportunidade de apresentar propostas diretamente a atletas, federações e investidores durante a COB Expo 2025 — o maior evento esportivo do ano, que será realizado em São Paulo.
Desafio foca em seis áreas estratégicas
Denominado Desafio COB de Startups, o projeto está aberto a empreendimentos focados em seis pilares estratégicos: tecnologias aplicadas ao desempenho esportivo, engajamento de torcedores, produção de conteúdo, sustentabilidade, inteligência de dados e geração de receita. Segundo os organizadores, essas áreas são essenciais para a transformação do esporte de alto rendimento no Brasil.
“Estimular o empreendedorismo e promover soluções tecnológicas é abrir caminho para uma transformação estrutural do nosso ecossistema esportivo”, afirmou Emanuel Rego, diretor-geral do COB e campeão olímpico.
As startups selecionadas terão acesso a mentorias com especialistas e serão conectadas a figuras-chave do setor esportivo nacional. Além disso, contarão com um espaço exclusivo na COB Expo para apresentar suas inovações a um público amplo e influente. Os critérios de seleção incluem grau de inovação, maturidade da solução, viabilidade e impacto no ecossistema.
Essa iniciativa é também o primeiro resultado visível da parceria estratégica firmada neste ano entre o COB e o Arena Hub — um polo de inovação que já atua com uma ampla rede de agentes do esporte. “Vivemos uma era de transformação digital acelerada, e o esporte precisa acompanhar esse ritmo. Queremos identificar talentos e soluções com potencial de impacto real”, destacou Fernando Patara, cofundador do Arena Hub.
Brasil não deve jogar em Hong Kong em breve
Enquanto o Brasil aposta no futuro da inovação esportiva, em Hong Kong as atenções se voltam para o fortalecimento do futebol local. O presidente da Associação de Futebol de Hong Kong, Eric Fok Kai-shan, confirmou que o tradicional time Eastern District foi aceito na Primeira Divisão local para a temporada 2025-26. Por outro lado, o clube Canton United, da quarta divisão chinesa, teve sua candidatura rejeitada.
“Eastern District atendeu a todos os nossos requisitos; por isso, teremos 10 times na próxima temporada”, explicou Fok ao jornal South China Morning Post.
Quanto à possibilidade de receber a Seleção Brasileira para um amistoso, Fok foi cauteloso. Embora o secretário de finanças, Paul Chan Mo-po, tenha se mostrado otimista quanto a uma possível visita da pentacampeã mundial, Fok apontou a agenda apertada como principal obstáculo.
“Sabemos que o Brasil demonstrou interesse e certamente os receberíamos bem, mas o calendário está lotado”, disse ele. A seleção de Hong Kong tem compromissos pelas Eliminatórias da Copa da Ásia em outubro e novembro e já organiza amistosos para a janela da FIFA em setembro, com possível retorno a Fiji para um torneio que também deve contar com a Tailândia.
Eastern District mira desenvolvimento de talentos locais
Apesar de ter terminado em oitavo lugar na Primeira Divisão 2024-25, o presidente do Eastern District, Goldbert Ko Chi-chiu, afirmou que este é “um ótimo momento” para subir à elite. “Apresentei um plano de desenvolvimento sustentável e de longo prazo à associação. Quero criar uma plataforma para que mais jovens locais atuem na Primeira Divisão e, futuramente, reforcem a seleção de Hong Kong”, declarou.
Fok assegurou que a candidatura do clube passou por um processo de avaliação rigoroso. Já o Canton United, comandado por Henry Vom Ca-nhum, ex-treinador do BC Rangers, havia manifestado interesse em entrar na liga local ainda em maio.
Com esses movimentos, Brasil e Hong Kong demonstram, cada um à sua maneira, o desejo de fortalecer seus respectivos cenários esportivos — seja pela inovação tecnológica ou pelo fortalecimento das bases do futebol.