Antes de julgar Rudy Gobert, o Jogador Defensivo do Ano da NBA, que acabou de permitir que Nikola Jokić marcasse 40 pontos em um jogo decisivo, pergunte-se: como você defenderia o astro do Denver Nuggets se tivesse 2,13 metros de altura com a agilidade e envergadura de Gobert? Se você tiver uma resposta, ou está errado ou precisa ligar para o Minnesota Timberwolves imediatamente.
Eles certamente poderiam usar a ajuda após a derrota por 112-97, que deu aos Nuggets uma vantagem de 3-2 nas semifinais da Conferência Oeste, uma série na qual Minnesota liderou por 2-0 e parecia imparável. Um jogo de vida ou morte em Minneapolis espera na quinta-feira.
Voltando à questão de Jokić, vamos analisar alguns destaques e ver se conseguimos descobrir o que Gobert deveria ter feito de diferente em uma noite em que o MVP marcou 40 pontos em 15 de 22 arremessos, com 13 assistências, sete rebotes e — respire fundo aqui — zero turnovers.
Aqui, Gobert acompanha Jokić passo a passo e eventualmente o força a um arremesso de gancho desconfortável, que ele acerta.
Aqui, ele o encontra no garrafão com Kyle Anderson vindo na marcação e deixa apenas uma janela de fração de segundo para o arremesso ser possível. Jokić, claro, encontra essa janela e faz o ponto.
Aqui, ele tem que seguir Jokić até o perímetro e permanecer com ele devido à falta de uma defesa de ajuda viável no garrafão. Gobert basicamente desiste e comete uma falta que o desequilibra.
Tudo isso aconteceu no intervalo de cerca de seis minutos, em um terceiro quarto com 16 pontos e quatro assistências.
Então veio o golpe final no quarto período, quando Gobert manteve sua mão no rosto de Jokić durante todo o arremesso.
Gobert é um dos melhores jogadores defensivos da história da NBA, um cara cuja presença no garrafão pode, sozinha, tornar uma defesa excelente. Com o elenco de apoio dos Timberwolves, ele ancorou a melhor defesa da NBA durante a temporada regular.
O problema para os Timberwolves, e para todos os times restantes nos playoffs, e para todos os times que esperam disputar o título nos próximos anos, é que um Jokić totalmente funcional parece ser um problema sem solução, mesmo quando Gobert lhe dá a resposta mais próxima possível. O que fazer quando um jogador de 2,13 metros tem a melhor visão de quadra e QI de basquete que a NBA já viu em um pivô, combinado com 129 quilos, um toque de arremesso e as mãos mais rápidas do Oeste?
Minnesota parecia estar perto de solucioná-lo no início da série, mas perdeu todo o ímpeto. Eles entraram no Jogo 5 sem o veterano Mike Conley e viram Karl-Anthony Towns sofrer com uma aparente lesão na perna no segundo quarto.
Honestamente, parecia uma vitória quando os Timberwolves chegaram ao intervalo perdendo por apenas seis pontos, considerando que haviam cometido 11 turnovers enquanto Anthony Edwards acertava apenas 1 de 8 arremessos de quadra e Towns e Naz Reid lidavam com problemas de faltas. Parecia um ponto de virada quando marcaram os primeiros sete pontos do terceiro quarto para assumir brevemente a liderança.
Denver logo respondeu com uma sequência de 9-2 quando Jokić começou a trabalhar. A carnificina seguiu.
